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16 de maio de 2011

ESTUPRADOR

DSK no tribunal / Reuters

RIO - Apesar da prisão de Dominique Strauss-Kahn, o Partido Socialista informou nesta segunda-feira que pretende manter seu calendário para as primárias das eleições presidenciais de 2012, enquanto a França ainda tenta digerir a imagem ( confira fotogaleria ) de um dos maiores nomes de sua política algemado em Nova York.

Preso desde sábado acusado de tentativa de estupro, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) era apontado como o favorito para ser o candidato do Partido Socialista e enfrentar o presidente Nicolas Sarkozy na corrida pelo Palácio do Eliseu.

O socialista Harlem Desir, um dos dirigentes do maior partido de oposição da França, disse que, ao contrário do que afirma a oposição, a prisão de DSK é mais uma questão particular do que política.

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- O PS não está sem liderança ou enfraquecido. Conta com personalidades capazes de dirigir o Estado como Martine Aubry, François Hollande e outros - afirmou, em referência aos dois outros nomes mais fortes entre os socialistas para ter a candidatura nas eleições.

O parlamentar Jean-Christophe Cambadélis, um dos políticos mais próximos a DSK, foi outro socialista a se manifestar sobre o caso. Em Paris, ele disse que o caso apresentar "muitas contradições", mas que "é difícil acreditar" que o chefe do FMI seja culpado.

- As imagens (de DSK algemado) formam um misto de tragédia grega com série de TV americana. Todo mundo na França que as viu ficou com um nó na garganta. Haverá consequências não só para ele, mas também para o seu partido e o país - disse, por sua vez, o político centrista François Bayrou.

Em editorial nesta segunda-feira, o jornal de direita "Le Figaro" resume a descrença com o antes favorito nas pesquisas de intenção de voto na França - mesmo que sem ainda ter se declarado pré-candidato.

"Ele não será o presidente da França. O novo ídolo da esquerda francesa está pulverizado", diz o texto.

Outros jornais franceses também estampavam o choque do país. "DSK out", era o título do jornal de esquerda "Libération". "Humilhação", era o título do "La Croix".

Oposição aproveita escândalo

Era em Strauss-Kahn que o PS depositava a esperança de ver a esquerda da França, desorientada pela direita cada vez mais forte, conseguir se reerguer. Agora, a corrida à Presidência parece totalmente aberta.

Uma pesquisa feita antes de o escândalo eclodir, publicada no domingo no "Journal du Dimanche", aponta que 26% dos franceses votariam em Strauss-Kahn nas eleições presidenciais, contra 23% para o também socialista François Hollande e 22% para Sarkozy.

A sombra do partido de extrema-direita, a FrenteNacional, dirigido por uma mulher - Marine Le Pen - aumenta ainda mais com o escândalo.

Marine foi a única a criticar abertamente DSK, dizendo que "todo mundo" sabe em Paris sobre seu "comportamento inapropriado" em relação a mulheres. Desde janeiro, a popularidade de Marine Le Pen não para de aumentar nas sondagens.

As primárias socialistas têm etapas marcadas para junho e, se mantido o calendário, estarão totalmente concluídas em outubro de 2011. As eleições presidenciais começam em abril de 2012.

DSK foi preso no sábado, quando já havia embarcado para deixar Nova York, acusado de ter atacado sexualmente uma funcionária do hotel onde estava hospedado. Nesta segunda-feira, teve um pedido de fiança negado e ficará detido pelo menos até o dia 20, quando terá que se apresentar à Justiça. Nas próximas horas, ele deve ser levado a uma penitenciária.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/05/16/com-franca-perplexa-socialistas-tentam-contornar-prisao-de-strauss-kahn-prometem-manter-primarias-924472350.asp#ixzz1MZMGb91c
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